Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, a enfermidade atinge mais de 12 milhões de brasileiros. A alta incidência preocupa devido às complicações causadas pela doença que surge quando o pâncreas não produz a quantidade adequada de insulina (hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o corpo) ou quando a insulina produzida não tem a sua ação adequada devido à resistência da ação desta. O fato de uma pessoa ter diabetes a torna de mais risco para várias doenças, como: infarto agudo do miocárdio, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e doença renal crônica. Também estudos recentes mostram alta taxa de complicações em paciente que possui COVID-19 e diabetes. Segundo a endocrinologista do Pilar Hospital, Silvana Aniella, a doença deve ser mantida sob controle, sendo que os níveis de glicemia variam de acordo com a idade, faixa etária e outras doenças concomitantes. “Recomendamos que a pessoa mantenha as suas medicações e o seu acompanhamento de rotina, de forma que o seu tratamento esteja o mais adequado possível”, orienta. A endocrinologista afirma ainda que muito tem se falado sobre a relação do diabetes com a COVID-19. “O que se sabe é que o diabetes não aumenta o risco de infecção, no entanto, uma vez contaminada, a pessoa tende a apresentar quadros mais graves com maior chance de óbito. O risco se relaciona também com a idade, o tempo de duração da doença e o estado do controle da glicemia”, destaca Silvana Aniella. O risco maior para os diabéticos acontece também porque esses pacientes apresentam muitas vezes outras doenças associadas e consideradas fatores de complicações, como a insuficiência renal e a hipertensão. A médica orienta que as recomendações das autoridades de saúde sobre a prevenção à COVID-19 devem ser seguidas, como: Higiene frequente das mãos com água e sabão e/ou uso do álcool em gel; Utilização de máscaras ao sair de casa; Isolamento social devem ser mantidos, porém, sem descuidar dos cuidados com o diabetes. O acompanhamento aliado a uma rotina de alimentação mais saudável e à rotina de exercícios tornam a doença controlada, reduzindo os riscos e trazendo ganhos em qualidade de vida.