A coqueluche é uma doença no aparelho respiratório caracterizada pela tosse comprida. Ela acontece de forma epidêmica ou endêmica, devido à uma infecção pela bactéria Bordetella pertussis, que atinge principalmente a traqueia e os brônquios. Ela também pode ser recorrente e se intensifica subitamente. No início do século XX, essa doença era a maior causadora da mortalidade infantil nos Estados Unidos, sendo muito comum também no Brasil. Nos anos 2000 foram registrados 39 milhões de casos, com 297 mortes em todo o mundo. Desde 2011, esses números vêm crescendo. Prova disso é que em 2012, por exemplo, havia a suspeita de 15.428 casos de coqueluche em território brasileiro. Desses, 4.453 foram confirmados, 97% a mais do que no mesmo período de 2011. Além disso, o Ministério da Saúde também afirmou que 74 desses casos chegaram ao óbito, sendo quase todos bebês lactantes com menos de seis meses. Já, em 2014, houve um ápice, com 4,2 casos de coqueluche/ 1000.000 habitantes. E como agravante, ainda há o fato de que, nos últimos anos, tem se percebido um aumento no número de casos em outras faixas etárias. Sendo que um dos principais motivos para isso é a redução da imunidade. Fatores de risco Os maiores afetados por essa doença geralmente são os lactantes. Por isso, recém-nascidos que tenham se aproximado de pessoas com problemas respiratórios estão entre a faixa de risco. Além deles, também estão crianças de até doze meses que tenham tomado menos de três doses de vacina Pentavalente, Tetravalente ou DTP e crianças de até dez anos que não foram totalmente imunizadas com essas mesmas vacinas. Gestantes no último trimestre de gravidez também entram nessa relação. Assim como pessoas com problemas imunológicos e doenças crônicas severas. Sintomas A coqueluche é caracterizada pela tosse seca. Entretanto, ela possui três fases, que apresentam diferentes sintomas. A primeira é conhecida como catarral. Ela dura no máximo duas semanas e seus sintomas mais comuns são febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca. A segunda fase é a paroxística. Ela recebe esse nome por causa do aumento gradativo e, muitas vezes, súbito das crises de tosse. Nesse estágio, o paciente apresenta tosse seca com maior intensidade. Ele também demonstra dificuldade para respirar e protusão da língua. Além disso, são comuns sintomas como congestão facial, cianose com sensação de asfixia, vômitos, febre baixa, tosse mais frequente e forte durante a noite, guincho, salivação, lacrimejamento e eliminação de secreções mucosas. Por fim, temos a fase convalescença. Nela, os episódios de tosse intensa somem e o paciente apresenta tosse comum. Isso pode durar vários meses. Esse pode ser um período crítico, já que o surgimento de qualquer infecção respiratória pode provocar o reaparecimento dos paroxismos. Sem falar que é nesse estágio que boa parte dos lactantes com menos de seis meses tem as crises mais graves, podendo se tornar letais. Diagnóstico Qualquer indivíduo que tenha tido contato com um caso confirmado de coqueluche deve realizar exames clínicos-epidemiológicos. O mesmo vale para pacientes que apresentem tosse por mais de dez dias e que demonstram ao menos mais dois dos seguintes sintomas: cianose, apneia, engasgo, guincho inspiratório ou tosse paroxística. A coqueluche normalmente pode ser diagnosticada com critérios clínicos. Mas é importante ressaltar que ainda não existem testes sorológicos padronizados. Por isso, mesmo que a doença tenha sido previamente descartada, os médicos devem analisar os sintomas, a idade, o período das tosses e as vacinas tomadas. Alguns também podem pedir um hemograma como complemento. Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do Estado do Paraná, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Infectologia, Diretoria de Vigilância Epidemiológica (SC), Secretaria de estado da saúde (SP).
Mais comuns em mulheres jovens, a Fibromialgia, ou simplesmente “Fibro”, afeta cerca de 3% da população brasileira de acordo com cálculos da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Síndrome silenciosa, a Fibromialgia causa fortes dores em diversas partes do corpo e, em muitos casos, vêm acompanhada de fadiga, distúrbios do sono e episódios depressivos. Fatores de risco Apesar de as causas da fibromialgia ainda serem desconhecidas, existem alguns fatores de risco que são apontados pelos médicos, a partir de relatos de pacientes. Por exemplo, boa parte dos casos são gerados por um forte trauma emocional ou físico, como um acidente de carro. Pessoas com doenças autoimunes também são mais propensas. Assim como quem passa por alterações hormonais ou sofre com alguma infecção, como uma gripe. Além disso, a síndrome também está diretamente ligada à depressão e pode ser adquirida geneticamente. Sintomas O principal sintoma da fibromialgia são as dores sentidas por todo o corpo. Elas normalmente são causadas por uma alta sensibilidade nas articulações, tendões e músculos. Além disso, também é comum que o paciente sinta fadiga, cansaço diurno, tenha mudanças no humor e o sono prejudicado. Esse último, inclusive, pode ser causado por episódios de apneia ou insônia. Outros sintomas que podem ser percebidos são alterações na memória, depressão, problemas cognitivos, síndrome do intestino irritável e, em alguns casos, o paciente também pode ter alterações na cor dos pés e mãos durante uma situação de estresse, por exemplo. Diagnóstico O primeiro indício de que o enfermo deve procurar um médico é quando sente uma dor forte e persistente. Durante a consulta com um especialista, de preferência um reumatologista, será feito um exame clínico. E é a partir dele, com a anamnese e o exame físico, que é possível identificar a fibromialgia. Especialmente quando o paciente sentir dor em 11 de 18 pontos musculares pré-determinados. Os exames laboratoriais não detectam a doença, mas são usados para descartar outras possibilidades, como problemas reumáticos e distúrbios do sono. Fontes: Hospital Sírio-Libanês, Fibromialgia.com, Hospital Nove de Julho, Governo do Brasil e Unifesp.
Afetando tanto crianças quanto adultos, a asma é uma doença crônica incurável que responde por uma das principais causas de faltas escolares e trabalhistas. Isso porque no Brasil estima-se que hajam cerca de 20 milhões de asmáticos, correspondendo a uma das principais causas de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total). Podendo ficar assintomática em algumas pessoas e períodos, essa inflamação das vias aéreas pode também se acentuar, por exemplo, durante os períodos de inverno, especialmente durante a noite. Fatores de risco Embora ainda não sejam totalmente esclarecidos os fatores causadores da asma, inclusive por isso se dá o fato de a doença ser incurável, é nítido que a sua origem está presente em fatores genéticos. Ainda assim, existem diversos agravantes ambientais que colaboram para o desencadeamento das crises asmáticas. Veja abaixo quais são eles: ÁCAROS – Esses organismos microscópicos aumentam a inflamação dos brônquios, além de viverem em ambientes onde há acúmulo de poeira, ou seja, não recomendáveis aos asmáticos. FUNGOS – Assim como os ácaros, os fungos também são invisíveis e prejudiciais aos asmáticos. Da mesma maneira, o ambiente propício para eles é igualmente prejudicial para quem tem asma: aqueles locais onde a umidade está acima de 50%. POLENS- Se os fungos e ácaros são encontrados na maioria das vezes em ambientes internos, os polens estão no exterior e são carregados pelo vento. ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO – Pelos, descamação da pele, saliva, urina e outras excreções. Todos esses fatores são prejudiciais aos portadores de asma e podem continuar causando danos até seis meses após a retirada do animal do ambiente. Gatos e cavalos se mostram mais nocivos ao asmático. FRIO- A exposição ao ar frio e seco, bem como a maior presença de gripes e resfriados presente no inverno se mostram como um fator adverso para o asmático. FUMAÇA- A poluição ambiental e a fumaça de cigarro, por exemplo, são bastante danosas para o portador de asma, mesmo que ele não seja um fumante. Sintomas Os sintomas da Asma, não são muito característicos e podem facilmente serem confundidos com outras doenças, em todos os casos sempre é indicado a procura de um médico especialista, fiquei atento caso ocorra: - Tosse muito seca e chiados no peito - Dificuldade respiratória e ou respiração curta e rápida - Desconforto Torácico - Cansaço excessivo ao realizar atividades físicas. Diagnóstico Para realizar um diagnóstico da asma é necessário consultar um especialista na área que irá recomendar análises que envolvem raio-x, exame físico e espirometria (função pulmonar). Com os resultados em mãos poderá ser classificada a gravidade do caso. Em crianças é comum o diagnóstico ser apenas clínico, devida à dificuldade de realizar exames mais complexos. Durante a consulta algumas perguntas frequentes que auxiliam no diagnóstico são: - Já utilizou bronco dilatador alguma vez? - Acorda com frequência de noite por falta e ar/tosse? - No ambiente que você frequenta existem exposições a: mofo, fumantes, animais, perfumes? A partir de toda essa análise e do histórico familiar é possível diagnosticar a asma e o tratamento mais recomendado. Fontes: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Com incidência de 5 a 80 casos por 100.000 habitantes em nível mundial, a pancreatite aguda é uma inflamação no pâncreas que, no Brasil, apresenta casos com maior frequência: 15,9 por 100.000 habitantes. Mais comum na faixa etária de 30 a 60 anos, a Pancreatite aguda tem uma taxa de mortalidade de 1%. No entanto, quando falamos dos casos mais graves, esse índice pode chegar a 30-40%. Fatores de risco Relacionada à doença biliar litiásica ou ao consumo excessivo de álcool em 80% dos casos, a pancreatite aguda pode também se desenrolar por conta de traumas, infecções, doenças vasculares e manuseio endoscópico, bem como o uso de drogas, embora esses sejam eventos incomuns. Com relação ao uso de álcool, calcula-se que aproximadamente 10% dos alcoolistas desenvolvam surtos de pancreatite. Isso porque o álcool se mostra como um grande desencadeador da pancreatite aguda ao ampliar a síntese e a liberação de enzimas digestivas e lisossômicas. Além do surgimento da doença estar associado ao uso do álcool, a pancreatite aguda também tem como fator de risco a possibilidade de prejudicar outros órgãos como o fígado, o pulmão e os rins. Por esse motivo, quem tem pedra na vesícula precisa retirá-la afim de evitar que a pancreatite se torne ainda mais prejudicial. Sintomas Entre os sintomas da pancreatite aguda estão a ocorrência de dores súbitas no abdome superior. A ela também estão associados vômitos, dores fortes que se irradiam para as costas, náuseas e aumento dos níveis de enzimas catalisadoras. Nos casos mais brandos são encontrados edemas na glândula pancreática e nos tecidos retroperitoneais. Já nas situações mais graves o quadro patológico apresenta hemorragia e necrose, podendo causar complicações que tornam a doença fatal. Diagnóstico Em um primeiro momento, quando percebidos os sintomas da pancreatite aguda o raio-x pode auxiliar no descarte de outras causas como a perfuração ou obstrução intestinal. Assim como a radiologia simples, a ultrassonografia também apresenta um diagnóstico pouco efetivo para a detecção de Pancreatite aguda. Sendo assim, o método mais recomendado para identifica a doença é a tomografia computadorizada com contraste intravenoso, capaz de ter uma efetividade no diagnóstico maior do que 90% nos casos em que a necrose glandular apresenta um índice de mais de 30%. Nos casos em que a doença tenha começa entre 4 e 10 dias a tomografia computadorizada apresenta um aproveitamente de 100% no diagnóstico. Fontes: Revista Brasileira de Medicina, Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Revista de Saúde do Distrito Federal e Empresa Brasil de Comunicação.