Em setembro de 2017, a atriz e cantora Selena Gomez virou notícia por causa de um transplante de rim devido a complicações decorrentes do Lúpus. Mas o que é isso? O Lúpus é uma doença em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, caracterizando uma doença autoimune. Ela é dividida em dois tipos: cutânea, na qual as manifestações se limitam à pele; e sistêmica, que pode afetar rins, articulações, células sanguíneas, intestino, cérebro, entre outros. De acordo com cartilha de 2011 da Sociedade Brasileira de Reumatologia, estimativas apontam a existência de aproximadamente 65 mil brasileiros portadores da doença. Apesar de se manifestar em pessoas de qualquer idade, sexo ou raça, a maior incidência é em mulheres em idade fértil (entre 20 e 40 anos), em uma relação de 1 em cada 1700. Por reconhecer o corpo como invasor, os anticorpos do corpo da pessoa atacam as células, resultando em sintomas como sensibilidade da pele à luz (que causa lesões, manchas e vermelhidões), úlceras no nariz e na boca, fadiga, perda de peso, queda de cabelo, artrite e alterações renais e/ou neurológicas. Os sintomas ficam mais intensos nas chamadas crises, quando o Lúpus está em atividade, e desaparecem em remissão. Não há um padrão para as crises, depende de cada pessoa, assim como a intensidade, duração e gravidade. Um dos problemas frequentes é o acometimento renal, pois o Lúpus causa a perda de proteína pela urina, podendo levar à retenção de fluídos e, consequentemente, a inchaços nas pernas, tornozelos e dedos. Em alguns casos, o rim se deteriora a ponto de ser necessário que o portador da doença passe por uma cirurgia de transplante do órgão. Apesar de não transmissível, o Lúpus não tem cura, mas tem tratamento. O diagnóstico precoce está diretamente relacionado à qualidade de vida do paciente. Ele é realizado pelo médico reumatologista após reconhecimento de sintomas, exames físicos, de sangue e de urina, e análise da biópsia dos órgãos acometidos. Após a confirmação, o médico indicará o melhor tratamento a ser seguido. Fontes: Sociedade Brasileira de Reumatologia, Sociedade Paranaense de Reumatologia, Instituto Pró-Renal, Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro.
Apendicite Aguda é uma inflamação no apêndice causada pela obstrução do canal que liga o apêndice ao intestino grosso. Ela pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum que ocorra na adolescência. O tratamento é feito, muitas vezes, por meio da retirada do apêndice em cirurgia. Mas qual é a função do apêndice? Por muito tempo, a questão ficou sem resposta. Atualmente, as teorias mais aceitas na área médica são as que afirmam que ele promove o aumento de bactérias benignas (presentes na flora intestinal) fundamentais no fortalecimento do sistema imunológico. Também é comentado que ele seria responsável pela produção de linfócitos, glóbulos brancos presentes no sangue que auxiliam na defesa contra doenças. Quando algumas substâncias, como fezes endurecidas (na maior parte das vezes), vermes, tumores ou corpos estranhos bloqueiam o canal que liga o apêndice ao intestino grosso, a pressão arterial se eleva e dificulta o fluxo do sangue. Outros fatores que causam o fechamento do local são: infecções bacterianas ou virais (podendo inchar os nódulos linfáticos) e crescimento desordenado do tecido linfoide. Infelizmente, não há como prevenir a apendicite. As pessoas que sofrem com apendicite aguda costumam sentir dor semelhante à cólica e sensibilidade na região do abdômen, mal-estar, náuseas, vômitos, febre baixa e perda de apetite. Esses sintomas pioram com a progressão da doença. Se não for devidamente tratada, as complicações incluem rigidez nos músculos abdominais, infecção generalizada, gangrena e ruptura do apêndice. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial. Ele é feito pelo médico, que realizará exames clínicos e laboratoriais e poderá solicitar exames de imagem, como Raio-X, Ultrassonografia e Tomografia Computadorizada. Então não deixe para a última hora: caso tenha os sintomas descritos e desconfie que possa estar com Apendicite Aguda, procure logo ajuda médica! Fontes: Associação Médica Brasileira, Ministério da Saúde, Conselho Regional de Medicina do Paraná, Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Capítulo de São Paulo, Secretaria da Saúde do Estado de Goiás, Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina da UFMG e Instituto de Obesidade e Cirurgia.
O mioma é um tumor benigno formado por músculos do útero e que se desenvolve dentro ou fora do órgão. Ele pode ficar estável por anos e crescer em pouco tempo e, conforme aumenta, há o risco de alterar o formato do útero. A seguir, alguns dados sobre o problema: [bsf-info-box icon="Defaults-chevron-right" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="Afeta, em média, 75% das mulheres." title_font_size="desktop:17px;" title_font_color="#888888" css_info_box=".vc_custom_1626051224651{margin-top: -5px !important;}"][/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-chevron-right" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="É a quinta causa mais frequente de internamento hospitalar por motivos ginecológicos não relacionados com gravidez em mulheres de 15 a 44 anos;" title_font_size="desktop:17px;" title_font_color="#888888" css_info_box=".vc_custom_1504105138683{margin-top: -10px !important;}"][/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-chevron-right" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="Cerca de 20 a 40% dos casos ocorrem em idade reprodutiva, sendo, portanto, uma das causas mais comuns de morbidade nesta fase da vida." title_font_size="desktop:17px;" title_font_color="#888888" css_info_box=".vc_custom_1626051288529{margin-top: -10px !important;}"][/bsf-info-box] [bsf-info-box icon_size="32" title="Causa e fatores de risco" title_font_size="desktop:25px;" title_font_color="#00599b"][/bsf-info-box] Não há causa conhecida para o surgimento de miomas, mas acredita-se que os hormônios progesterona e estrogênio possam influenciar no desenvolvimento do tumor. Inclusive, na gestação, a tendência é que ele aumente; e na menopausa, com a queda da produção de hormônios, que ele diminua. Os fatores de risco incluem idade (é mais frequente na faixa etária dos 40 aos 50 anos), se a mulher tem histórico familiar para o problema, a origem étnica dela e se ela está obesa. [bsf-info-box icon_size="32" title="Tipos de Mioma" title_font_size="desktop:25px;" title_font_color="#00599b"][/bsf-info-box] Os tipos são classificados de acordo com a localização. [bsf-info-box icon="Defaults-chevron-down" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="Intramurais" pos="top" title_font_size="desktop:18px;" title_font_color="#00599b" desc_font_color="#888888"]Surgem dentro da parede do útero. Em alguns casos, o tamanho pode acabar distorcendo a cavidade uterina e a superfície serosa.[/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-chevron-down" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="Submucosos" pos="top" title_font_size="desktop:17px;" title_font_color="#00599b" desc_font_color="#888888"]Desenvolvem-se embaixo do endométrio e se formam a partir de células miometrais. Com frequência, crescem para a cavidade uterina.[/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-chevron-down" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="Subserosos" pos="top" title_font_size="desktop:17px;" title_font_color="#00599b" desc_font_color="#888888"]Alojam-se na superfície serosa (camada exterior, superficial, do órgão).[/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-chevron-down" icon_size="25" icon_color="#00599b" title="Cervicais" pos="top" title_font_size="desktop:17px;" title_font_color="#00599b" desc_font_color="#888888"]Localizam-se na cervice uterina (colo do útero).[/bsf-info-box][bsf-info-box icon_size="32" title="Sintomas" title_font_size="desktop:25px;" title_font_color="#00599b"][/bsf-info-box] Muitas mulheres não apresentam sintomas; as que apresentam, costumam ter menstruação irregular (fluxo intenso) e prolongada, cólicas, sangramentos no intervalo entre períodos menstruais, dores abdominais, pélvicas e durante relações sexuais, e problemas urinários (infecções, cistite e outros). Como mencionado, há ainda o risco de infertilidade. [bsf-info-box icon_size="32" title="Diagnóstico" title_font_size="desktop:25px;" title_font_color="#00599b"][/bsf-info-box] Geralmente, o mioma é identificado no exame ginecológico de toque, que é de rotina. Para confirmar e descobrir a quantidade, a localização e o tamanho do(s) tumor(es), podem ser solicitados uma Ultrassonografia transvaginal, uma Tomografia Computadorizada ou uma Ressonância Magnética. Fontes: Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de SP (SOGESP), CRECI-RJ, Federação das Sociedade Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRGS e Ministério da Saúde.
A coluna vertebral não é inteiramente linear e possui curvas naturais. Porém, em algumas pessoas a curvatura é mais acentuada para os lados, em forma de “S” ou “C”, podendo causar assimetria nos ombros ou na cintura. Há casos também em que a coluna sofre leve rotação, fazendo com que as costelas de um lado do corpo fiquem salientes. Esse problema leva o nome de Escoliose, e é uma condição que não é simples de resolver. Diferentemente do que se poderia pensar, a escoliose não se manifesta como consequência de má-postura ou atividades físicas em excesso. Existem alguns tipos de escoliose, e eles são classificados de acordo com as causas ou com o momento em que a condição aparece: [bsf-info-box icon="Defaults-angle-double-right" icon_size="32" icon_color="#00599b" title="Escoliose Congênita" title_font_size="desktop:20px;" title_font_color="#00599b" desc_font_size="desktop:15px;" desc_font_color="#888888"]A pessoa nasce com a condição, que surge durante a formação da coluna, ainda no período de gestação.[/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-angle-double-right" icon_size="32" icon_color="#00599b" title="Escoliose Neuromuscular" title_font_size="desktop:20px;" title_font_color="#00599b" desc_font_size="desktop:15px;" desc_font_color="#888888"]Ocorre como consequência de doença de origem neurológica ou muscular.[/bsf-info-box][bsf-info-box icon="Defaults-angle-double-right" icon_size="32" icon_color="#00599b" title="Escoliose Idiopática" title_font_size="desktop:20px;" title_font_color="#00599b" desc_font_size="desktop:15px;" desc_font_color="#888888"]Possui causa desconhecida e representa a grande maioria dos casos (80%). Infelizmente, não há nada que se possa fazer para evitar o problema.[/bsf-info-box] Há casos também em que ela pode ocorrer após alguma infecção ou fratura na coluna. Na maioria das vezes, ocorre na infância e na adolescência, mas isso não exclui a possibilidade de aparecer em adultos e idosos. Sinais e Sintomas Os sinais podem incluir ombro, escápula ou quadril mais alto ou proeminente em um dos lados e assimetria no tórax. Outro sinal é quando a cintura é plana de um lado e apresenta curva proeminente do outro lado. Em conjunto com os sinais, os sintomas mais comuns são: dores nas costas (por sobrecarga da estrutura corporal) e assimetria do tronco, que se torna prejudicial à autoestima. Em casos graves, pode causar redução do funcionamento do pulmão (e consequente queda da capacidade respiratória) e aumentar as chances de infecções respiratórias, motivados pela deformidade e rigidez na caixa torácica. Diagnóstico e Tratamento Na consulta com um médico, ele fará uma avaliação clínica da coluna do paciente e solicitará exames de Raio-X se encontrar alterações que sugiram a presença da Escoliose. Com a radiografia, ele poderá avaliar a gravidade da deformação. A boa notícia é que, em 90% dos casos, a Escoliose é leve e não necessita de tratamento. O tratamento da Escoliose depende de fatores tais como a maturidade dos ossos; a idade do paciente (em anos); magnitude da curvatura (em graus); região da coluna na qual se encontra a curva; progressão da curva; e associação com sintomas como dor nas costas ou cansaço. Fonte: Scoliosis Research Society, Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e Sociedade Brasileira de Reumatologia.