Neste mês, é celebrado o Março Azul Marinho, mês de conscientização e combate ao câncer colorretal. O intuito da campanha é promover e educar as pessoas, por meio de informações, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto serão diagnosticados em 2020. Entretanto, há medidas que diminuem a probabilidade de ter a doença e o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. O que é câncer colorretal O câncer é um conjunto de doenças, caracterizadas pelo crescimento desordenado das células (tumores), que pode atingir qualquer parte do corpo. No caso do câncer colorretal, parte do intestino é afetado. Nesse caso, os tumores começam na parte do intestino grosso conhecida como cólon e no final do intestino, o reto. Também pode ser chamado de câncer de intestino ou câncer de cólon e reto. Na maioria dos casos, tem tratamento e, se detectado precocemente ante que a doença se espalhe para outras regiões do corpo, tem grandes chances de cura. De acordo com o Inca, a maior parte dos tumores desse tipo de câncer se originam de pólipos, que são pequenas lesões na parede interna do intestino grosso. Dados estatísticos do Inca sobre o câncer de cólon e reto: Estimativa de 40.990 novos casos no Brasil em 2020; Desses, 20.520 em homens e 20.470 em mulheres; Em 2017, o câncer colorretal levou 18.867 pessoas a morte; Do total de mortos pela doença, 9.207 são homens e 9.660 mulheres Importância do diagnóstico precoce A detecção precoce do câncer é fundamental para aumentar a probabilidade de cura e/ou de tratamentos mais eficazes. No caso do câncer de cólon e reto, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.A solicitação dos exames é feita pelo médico, após averiguar os sintomas do paciente. Entretanto, os exames também podem ser solicitados mesmo que a pessoa não tenha os sintomas, mas caso ela faça parte do grupo de risco. Normalmente, os tumores de cólon e reto podem ser detectados precocemente por meio da pesquisa de sangue oculto nas fezes e de endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias). Principais sintomas de câncer colorretal: sangue nas fezes e/ou fezes finas; tumoração e/ou dor abdominal; perda de peso repentina; mudança repentina nos hábitos intestinais; constipação; diarreia; anemia; Grupo de risco: possuir histórico familiar de câncer; estar com excesso de peso ter idade igual ou superior a 50 anos; consumir alimentos processados; fumar; ingerir bebidas alcoólicas; enfrentar doenças inflamatórias do intestino. Prevenção do câncer de intestino Além de realizar exames de rotina, principalmente após os 50 anos, é importante ficar atento aos sintomas para que o câncer possa ser diagnosticado precocemente e, dessa forma, ter melhores chances de cura. Entretanto, deve-se adotar medidas de prevenção. O que inclui controlar o peso corporal, praticar atividades físicas rotineiramente e adotar uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, grãos, etc.
Uma das principais causas de mortalidade feminina, o câncer de mama é um grave problema de saúde. Entretanto, essa doença tem grandes chances de cura quanto detectado de forma precoce. Por conta disso, o Dia Nacional da Mamografia busca informar da importância do exame de mamografia na idade de risco. Para 2020, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê mais de 66 mil novos casos de câncer de mama. De acordo com a entidade, cerca de 17 mil pessoas morreram por causa disso em 2017 (último ano tabulado). Apesar de importante realizar o exame de mamografia, o mesmo só é indicado para determinados casos. Confira neste conteúdo e entenda mais sobre a mamografia, quem deve fazer o exame e formas de prevenir o surgimento do câncer de mama. Importância da mamografia A mamografia é um exame de raios-X realizado nas mamas. Apesar de simples, tem alta eficácia e importância na hora de fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama. Por meio desse procedimento, é possível identificar nódulos nos seios. A mamografia, sozinha, não diagnostica o câncer. Apenas indica a presença de nódulos. Todavia, quando esses são confirmados, uma biópsia é realizada para avaliar se o nódulo é um tumor maligno ou benigno. Quando a mamografia é indicada No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Todavia, recomenda que a mulher independentemente da idade conheça o próprio corpo, assim, percebendo sinais anormais procure orientação médica. Se o especialista julgar necessário, então, a mamografia pode ser feita. Grupo de risco Mulheres com mais de 50 anos (80% dos casos de câncer de mama surgem após essa idade); Histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau; Ter a primeira menstruação antes dos 12 anos; Entrar na menopausa após os 55 anos; Engravidar pela primeira vez após os 30 anos; Não ter tido filhos; Passar por terapia de reposição hormonal; Sobrepeso; Consumir álcool e/ou fumar. Como prevenir o câncer de mama Não há causas exatas, conhecidas, para o câncer de mama. Sabe-se, apenas, que histórico familiar, idade e hábitos de vida aumenta a probabilidade da doença surgir. Portanto, a primeira forma de se prevenir é adotando uma alimentação saudável e o mais natural possível, assim como controlar o peso e praticar exercícios físicos. Além dessas orientações, a mulher precisa conhecer o próprio corpo e frequentar rotineiramente o ginecologista. O autoexame das mamas, por meio do toque, é uma forma de a mulher perceber possíveis alterações no corpo antes da idade recomendada para realizar a mamografia. Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e Instituto Nacional de Câncer.
Sob o tema “se não houver cura, que ao menos haja conforto”, a campanha Fevereiro Roxo busca conscientizar a sociedade da importância do diagnóstico precoce de três doenças crônicas graves: Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. No caso do Alzheimer — doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente idosos — o diagnóstico precoce é fundamental para conseguir retardar o avanço dessa patologia e, dessa forma, melhorar as condições de vida do paciente. Sobre o Alzheimer A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por uma falha no processamento de proteínas específicas do sistema nervoso central. Em decorrência disso, há comprometimento dos neurônios e os portadores sofrem com perda da capacidade cognitiva, memória e funções motoras e comportamentais. Não se sabe, ainda, qual é a causa dessa doença, mas fatores genéticos podem estar relacionados. Segundo dados do Instituto Alzheimer Brasil (IAB), e da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Alzheimer — tipo mais comum de demência — afeta mais de 45 milhões de pessoas no mundo. Somente no Brasil, estima-se cerca de 1,2 milhão de pessoas com mais de 65 anos sofram dessa doença. Além disso, a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) calcula que esse número deve dobrar até 2030. O principal motivo é o fenômeno do envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, os quatro estágios da doença são: 1º — perda de memória e leves mudanças de personalidade; 2º — dificuldade para executar tarefas do dia a dia; 3º — perda das funções motoras simples; 4º — perda total da memória e das funções motoras e cognitivas. Sintomas de Alzheimer: Esquecimento gradual de acontecimentos Confusão mental Desorientação Dificuldade de fazer cálculos simples Problemas de concentração Agitação e/ou inquietação Mudança gradual de humor Andar sem rumo, se perder e/ou não lembrar trajetos cotidianos Fala gradualmente embaralhada Alterações comportamentais Esquecer datas ou em que época do ano esta Desorientação Diagnóstico e tratamento O diagnóstico da doença de Alzheimer é feito por meio da avaliação médica com base no histórico comportamental do paciente e com exames laboratoriais, como a tomografia, que ajuda a verificar o acúmulo da proteína que causa a perda dos neurônios. Normalmente, a perda de memória é tida como algo comum da idade e, por conta disso, não é procurado o médico. Acontece que o Alzheimer tem uma fase inicial mais silenciosa e esses pequenos lapsos de memória podem ser confundidos. Apesar de não ter cura, o tratamento do Alzheimer consiste, basicamente, em atenuar os sintomas e buscar impedir que a evolução da doença. Por isso, a recomendação é realizar consultas de rotina e buscar ajuda médica assim que os sintomas começarem a aparecer. Não existem medicamentos específicos para tratamento do Alzheimer, mas medidas que ajudam a fortalecer a saúde física e melhorar a capacidade cognitiva dos pacientes. Nisso, incluem: exercícios físicos, alimentação saudável, realização de atividades sociais e cognitivas. Como se prevenir do Alzheimer Por se tratar de uma doença crônica sem causas específicas conhecidas, a melhor forma de prevenção é cuidar da saúde geral do corpo, principalmente da mente. Isso incluir realizar atividades que exercitem a capacidade cognitiva, memória e raciocínio como ler, estudar, tocar instrumentos musicais, conversar com pessoas, etc. O isolamento social, comum para pessoas idosas e/ou quem sofre uma fatalidade na vida, também deve ser evitado. Ter hobbys e atividades que mantêm o corpo e a mente ativos, independentemente da idade, é a melhor forma de se prevenir do Alzheimer. Fontes: Associação Brasileira de Alzheimer, Ministério da Saúde, Instituto Alzheimer Brasi, Organização Mundial da Saúde.
Celebra-se, durante o mês de fevereiro, a campanha Fevereiro Roxo. Criada em 2014, na cidade de Uberlândia (MG), ela busca conscientizar a população sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus, três doenças crônicas graves, mas que carecem de informação. Apesar de não terem cura, todas essas três patologias podem ser tratadas e, dessa forma, melhorar a qualidade de vida do portador. Quando diagnosticadas precocemente, o tratamento consegue ser mais eficaz. Entretanto, o diagnóstico precoce esbarra na falta de informação, já que muitas pessoas confundem — e até mesmo desconhecem — os sintomas. Por isso, este artigo busca trazer esclarecimentos e orientações acerca da fibromialgia. O que é fibromialgia Crônica, ou seja, sem cura, a fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor musculoesquelética, de intensidade e duração variadas, e que pode afetar diversas partes do corpo. Por conta dessas crises de dor, na maioria das vezes nas articulações, a pessoa pode relatar episódios de fadiga, cansaço, insônia, sensibilidade muscular, ansiedade e depressão. A ciência ainda não tem uma resposta conclusiva sobre a causa da fibromialgia. Sabe-se, apenas, que o público feminino é o mais afetado. Cerca de 80% dos portadores dessa doença são mulheres, entre 30 e 50 anos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 2,5% da população brasileira convive com fibromialgia. Parcela relativamente semelhante ao restante do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença afeta 3% das pessoas. Principais sintomas de fibromialgia: Dores generalizadas no corpo, principalmente nas articulações; Distúrbios do sono; Fadiga mesmo sem ter feito qualquer atividade; Cansaço; Indisposição; Alterações na memória; Sensibilidade das articulações ao frio. Diagnóstico Por não ter uma causa conhecida e como não há um exame específico que detecte essa doença, o diagnóstico de fibromialgia é feito por meio de exclusão de outros problemas de saúde. A orientação é procurar um médico assim que os sintomas surgirem. Normalmente, detecta-se a doença avaliando os sintomas indicados pelo paciente e exames físicos que identificam pontos de dor pelo corpo. Exames de imagem laboratorial podem ser solicitados para identificar as possíveis causas das dores. Quando o especialista não consegue fazer essa identificação, mas o paciente continua se queixando das dores, é diagnosticado fibromialgia. Tratamento Apesar de não ter cura, o tratamento de fibromialgia é fundamental para a saúde do paciente. Por meio dele, é possível controlar/atenuar as dores, restaurar o sono e até mesmo resolver problemas psicológicos causados em decorrência das dores, como ansiedade e depressão. O tratamento — que só pode ser prescrito por médico especialista — pode incluir medicamentos para dor (analgésicos e relaxantes musculares), antidepressivos e ansiolíticos. Todavia, o principal tratamento da fibromialgia é a prática de exercícios físicos. A atividade física fortalece a musculatura, atenua os sintomas, reduz as crises de dores generalizadas. Além disso, o exercício libera um hormônio chamado endorfina, responsável pela sensação de bem-estar. Acupuntura, meditação, fisioterapia e terapia ocupacional também são indicadas para tratar esta doença. Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, Blog da Saúde do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Reumatologia.