Uma das principais causas de mortalidade feminina, o câncer de mama é um grave problema de saúde. Entretanto, essa doença tem grandes chances de cura quanto detectado de forma precoce. Por conta disso, o Dia Nacional da Mamografia busca informar da importância do exame de mamografia na idade de risco. Para 2020, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê mais de 66 mil novos casos de câncer de mama. De acordo com a entidade, cerca de 17 mil pessoas morreram por causa disso em 2017 (último ano tabulado). Apesar de importante realizar o exame de mamografia, o mesmo só é indicado para determinados casos. Confira neste conteúdo e entenda mais sobre a mamografia, quem deve fazer o exame e formas de prevenir o surgimento do câncer de mama. Importância da mamografia A mamografia é um exame de raios-X realizado nas mamas. Apesar de simples, tem alta eficácia e importância na hora de fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama. Por meio desse procedimento, é possível identificar nódulos nos seios. A mamografia, sozinha, não diagnostica o câncer. Apenas indica a presença de nódulos. Todavia, quando esses são confirmados, uma biópsia é realizada para avaliar se o nódulo é um tumor maligno ou benigno. Quando a mamografia é indicada No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Todavia, recomenda que a mulher independentemente da idade conheça o próprio corpo, assim, percebendo sinais anormais procure orientação médica. Se o especialista julgar necessário, então, a mamografia pode ser feita. Grupo de risco Mulheres com mais de 50 anos (80% dos casos de câncer de mama surgem após essa idade); Histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau; Ter a primeira menstruação antes dos 12 anos; Entrar na menopausa após os 55 anos; Engravidar pela primeira vez após os 30 anos; Não ter tido filhos; Passar por terapia de reposição hormonal; Sobrepeso; Consumir álcool e/ou fumar. Como prevenir o câncer de mama Não há causas exatas, conhecidas, para o câncer de mama. Sabe-se, apenas, que histórico familiar, idade e hábitos de vida aumenta a probabilidade da doença surgir. Portanto, a primeira forma de se prevenir é adotando uma alimentação saudável e o mais natural possível, assim como controlar o peso e praticar exercícios físicos. Além dessas orientações, a mulher precisa conhecer o próprio corpo e frequentar rotineiramente o ginecologista. O autoexame das mamas, por meio do toque, é uma forma de a mulher perceber possíveis alterações no corpo antes da idade recomendada para realizar a mamografia. Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e Instituto Nacional de Câncer.
Sob o tema “se não houver cura, que ao menos haja conforto”, a campanha Fevereiro Roxo busca conscientizar a sociedade da importância do diagnóstico precoce de três doenças crônicas graves: Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. No caso do Alzheimer — doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente idosos — o diagnóstico precoce é fundamental para conseguir retardar o avanço dessa patologia e, dessa forma, melhorar as condições de vida do paciente. Sobre o Alzheimer A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por uma falha no processamento de proteínas específicas do sistema nervoso central. Em decorrência disso, há comprometimento dos neurônios e os portadores sofrem com perda da capacidade cognitiva, memória e funções motoras e comportamentais. Não se sabe, ainda, qual é a causa dessa doença, mas fatores genéticos podem estar relacionados. Segundo dados do Instituto Alzheimer Brasil (IAB), e da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Alzheimer — tipo mais comum de demência — afeta mais de 45 milhões de pessoas no mundo. Somente no Brasil, estima-se cerca de 1,2 milhão de pessoas com mais de 65 anos sofram dessa doença. Além disso, a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) calcula que esse número deve dobrar até 2030. O principal motivo é o fenômeno do envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, os quatro estágios da doença são: 1º — perda de memória e leves mudanças de personalidade; 2º — dificuldade para executar tarefas do dia a dia; 3º — perda das funções motoras simples; 4º — perda total da memória e das funções motoras e cognitivas. Sintomas de Alzheimer: Esquecimento gradual de acontecimentos Confusão mental Desorientação Dificuldade de fazer cálculos simples Problemas de concentração Agitação e/ou inquietação Mudança gradual de humor Andar sem rumo, se perder e/ou não lembrar trajetos cotidianos Fala gradualmente embaralhada Alterações comportamentais Esquecer datas ou em que época do ano esta Desorientação Diagnóstico e tratamento O diagnóstico da doença de Alzheimer é feito por meio da avaliação médica com base no histórico comportamental do paciente e com exames laboratoriais, como a tomografia, que ajuda a verificar o acúmulo da proteína que causa a perda dos neurônios. Normalmente, a perda de memória é tida como algo comum da idade e, por conta disso, não é procurado o médico. Acontece que o Alzheimer tem uma fase inicial mais silenciosa e esses pequenos lapsos de memória podem ser confundidos. Apesar de não ter cura, o tratamento do Alzheimer consiste, basicamente, em atenuar os sintomas e buscar impedir que a evolução da doença. Por isso, a recomendação é realizar consultas de rotina e buscar ajuda médica assim que os sintomas começarem a aparecer. Não existem medicamentos específicos para tratamento do Alzheimer, mas medidas que ajudam a fortalecer a saúde física e melhorar a capacidade cognitiva dos pacientes. Nisso, incluem: exercícios físicos, alimentação saudável, realização de atividades sociais e cognitivas. Como se prevenir do Alzheimer Por se tratar de uma doença crônica sem causas específicas conhecidas, a melhor forma de prevenção é cuidar da saúde geral do corpo, principalmente da mente. Isso incluir realizar atividades que exercitem a capacidade cognitiva, memória e raciocínio como ler, estudar, tocar instrumentos musicais, conversar com pessoas, etc. O isolamento social, comum para pessoas idosas e/ou quem sofre uma fatalidade na vida, também deve ser evitado. Ter hobbys e atividades que mantêm o corpo e a mente ativos, independentemente da idade, é a melhor forma de se prevenir do Alzheimer. Fontes: Associação Brasileira de Alzheimer, Ministério da Saúde, Instituto Alzheimer Brasi, Organização Mundial da Saúde.
Celebra-se, durante o mês de fevereiro, a campanha Fevereiro Roxo. Criada em 2014, na cidade de Uberlândia (MG), ela busca conscientizar a população sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus, três doenças crônicas graves, mas que carecem de informação. Apesar de não terem cura, todas essas três patologias podem ser tratadas e, dessa forma, melhorar a qualidade de vida do portador. Quando diagnosticadas precocemente, o tratamento consegue ser mais eficaz. Entretanto, o diagnóstico precoce esbarra na falta de informação, já que muitas pessoas confundem — e até mesmo desconhecem — os sintomas. Por isso, este artigo busca trazer esclarecimentos e orientações acerca da fibromialgia. O que é fibromialgia Crônica, ou seja, sem cura, a fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor musculoesquelética, de intensidade e duração variadas, e que pode afetar diversas partes do corpo. Por conta dessas crises de dor, na maioria das vezes nas articulações, a pessoa pode relatar episódios de fadiga, cansaço, insônia, sensibilidade muscular, ansiedade e depressão. A ciência ainda não tem uma resposta conclusiva sobre a causa da fibromialgia. Sabe-se, apenas, que o público feminino é o mais afetado. Cerca de 80% dos portadores dessa doença são mulheres, entre 30 e 50 anos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 2,5% da população brasileira convive com fibromialgia. Parcela relativamente semelhante ao restante do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença afeta 3% das pessoas. Principais sintomas de fibromialgia: Dores generalizadas no corpo, principalmente nas articulações; Distúrbios do sono; Fadiga mesmo sem ter feito qualquer atividade; Cansaço; Indisposição; Alterações na memória; Sensibilidade das articulações ao frio. Diagnóstico Por não ter uma causa conhecida e como não há um exame específico que detecte essa doença, o diagnóstico de fibromialgia é feito por meio de exclusão de outros problemas de saúde. A orientação é procurar um médico assim que os sintomas surgirem. Normalmente, detecta-se a doença avaliando os sintomas indicados pelo paciente e exames físicos que identificam pontos de dor pelo corpo. Exames de imagem laboratorial podem ser solicitados para identificar as possíveis causas das dores. Quando o especialista não consegue fazer essa identificação, mas o paciente continua se queixando das dores, é diagnosticado fibromialgia. Tratamento Apesar de não ter cura, o tratamento de fibromialgia é fundamental para a saúde do paciente. Por meio dele, é possível controlar/atenuar as dores, restaurar o sono e até mesmo resolver problemas psicológicos causados em decorrência das dores, como ansiedade e depressão. O tratamento — que só pode ser prescrito por médico especialista — pode incluir medicamentos para dor (analgésicos e relaxantes musculares), antidepressivos e ansiolíticos. Todavia, o principal tratamento da fibromialgia é a prática de exercícios físicos. A atividade física fortalece a musculatura, atenua os sintomas, reduz as crises de dores generalizadas. Além disso, o exercício libera um hormônio chamado endorfina, responsável pela sensação de bem-estar. Acupuntura, meditação, fisioterapia e terapia ocupacional também são indicadas para tratar esta doença. Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, Blog da Saúde do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Criada em 2014, na cidade de Uberlândia (MG), a campanha Fevereiro Roxo busca conscientizar e informar a sociedade sobre três doenças graves. São elas: Alzheimer, fibromialgia e lúpus. Cada uma possui características distintas, mas, em comum, há o fato de não terem cura. Entretanto, apesar de serem patologias crônicas, por meio do diagnóstico precoce é possível realizar um tratamento mais eficaz, reduzindo o sofrimento e proporcionando melhor qualidade de vida e bem-estar aos portadores. Contudo, o diagnóstico precoce só pode ser feito se as pessoas tiverem acesso à informação para procurar ajuda médica. O tema da campanha, “se não houver cura, que ao menos haja conforto”, salienta esse intuito. Neste artigo, falaremos mais sobre o Lúpus, uma doença inflamatória autoimune bastante grave, mas que pode ser amenizada e/ou controlada. Saiba mais, a seguir, sobre o Lúpus, quais são os sintomas e como é feito o tratamento. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória autoimune que ficou mais conhecida depois que as cantoras Selena Gomez e Lady Gaga revelaram sofrer dessa doença. Doença autoimune acontece quando o sistema imunológico ataca o próprio organismo. Não se sabe, exatamente, o que desencadeia essa reação exagerada do sistema imunológico, mas fatores genéticos, ambientais e hábitos de vida podem ter influência. De todas as doenças autoimunes, o Lúpus é a mais grave. Nesse caso, as partes do corpo mais afetadas são: tecidos em geral; pele; articulações; rins; coração e cérebro (em casos mais graves). Tipos de Lúpus Qualquer pessoa pode ter lúpus. Todavia, a maior incidência dessa doença acontece em mulheres, principalmente na faixa entre 20 e 45 anos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, há cerca de 65 mil casos de lúpus no Brasil. O lúpus pode se apresentar de quatro formas diferentes: Lúpus Discoide: quando a doença fica limitada à pele do portador; Lúpus Sistêmico: é o tipo mais comum. Nesse caso, a doença compromete diversos órgãos e pode levar a quadros graves; Lúpus induzido por drogas: inflamações no organismo ocasionadas por substâncias presentes em alguns tipos de drogas e/ou medicamentos, que tende a desaparecer quando o uso da substância é interrompido; Lúpus neonatal: nessa situação, a mãe portadora de Lúpus passa a inflamação para o recém-nascido. Contudo, os sintomas tendem a desaparecer em alguns meses. Principais sintomas de lúpus Dores nas articulações dos pés e das mãos; Febre constante; Surgimento de manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente no rosto, pescoço e peito; Vermelhidão na face, que piora no sol; Queda de cabelo; Feridas na boca que demoram a sarar e/ou surgem com frequência; Dor de cabeça; Dor no peito ao inspirar profundamente; Perda de peso repentina; Cansaço constante; Problemas nos rins; Convulsão (em casos mais graves). Diagnóstico e Tratamento O médico deve ser procurado assim que forem notados qualquer um desses sintomas. Com diagnóstico precoce e tratamento correto é possível que o portador tenha uma vida normal. Para fazer o diagnóstico do lúpus, o médico fará uso de uma análise do quadro clínico do paciente. Isso é fundamental, porque os sintomas oscilam muito de uma pessoa para outra, podendo, inclusive, serem confundidos com outras doenças. Além dessa avaliação, o médico solicita exames laboratoriais, que podem incluir biópsia de pele, hemograma, radiografia do tórax e exames específicos de sangue, urina e de anticorpos, para descartar outras hipóteses e melhor embasar o diagnóstico de lúpus. Já o tratamento, é personalizado ao paciente. Vale salientar que somente o médico pode prescrever medicamentos e a automedicação é totalmente contraindicada em qualquer caso, principalmente em suspeita de doenças crônicas. Na maioria dos casos, o foco é conter a ação inflamatória e ministrar corticóides para aliviar dores. Outra medida é conter a atividade do sistema imunológico do organismo, por meio de imunossupressores. Há casos em que são usados anticorpos monoclonais, que bloqueiam a ação de substâncias específicas que ocasionam inflamações no corpo. Como se prevenir Não há métodos conhecidos que evitam o surgimento de uma doença autoimune. Todavia, a literatura atribui três causas principais que podem estar relacionadas e aumentam o grupo de risco. São elas: histórico familiar, doenças e hábitos de vida. Portanto, pessoas com casos de lúpus ou outras doenças autoimunes na família precisam ter mais cuidado e procurar o médico com mais frequência. Outras doenças podem desencadear uma reação extrema do sistema imunológico e, consequentemente, desencadear uma doença autoimune. Por isso, a orientação é sempre procurar ajuda médica para tratar doenças da forma correta. Por último, hábitos de vida saudáveis ajudam a fortalecer o organismo e diminuir a probabilidade do surgimento de doenças e/ou gatilhos para o lúpus.