O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória autoimune que ficou mais conhecida depois que as cantoras Selena Gomez e Lady Gaga revelaram sofrer dessa doença. Doença autoimune acontece quando o sistema imunológico ataca o próprio organismo.
Não se sabe, exatamente, o que desencadeia essa reação exagerada do sistema imunológico, mas fatores genéticos, ambientais e hábitos de vida podem ter influência. De todas as doenças autoimunes, o Lúpus é a mais grave. Nesse caso, as partes do corpo mais afetadas são:
- tecidos em geral;
- pele;
- articulações;
- rins;
- coração e cérebro (em casos mais graves).
Qualquer pessoa pode ter lúpus. Todavia, a maior incidência dessa doença acontece em mulheres, principalmente na faixa entre 20 e 45 anos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, há cerca de 65 mil casos de lúpus no Brasil. O lúpus pode se apresentar de quatro formas diferentes:
- Lúpus Discoide: quando a doença fica limitada à pele do portador;
- Lúpus Sistêmico: é o tipo mais comum. Nesse caso, a doença compromete diversos órgãos e pode levar a quadros graves;
- Lúpus induzido por drogas: inflamações no organismo ocasionadas por substâncias presentes em alguns tipos de drogas e/ou medicamentos, que tende a desaparecer quando o uso da substância é interrompido;
- Lúpus neonatal: nessa situação, a mãe portadora de Lúpus passa a inflamação para o recém-nascido. Contudo, os sintomas tendem a desaparecer em alguns meses.
Dores nas articulações dos pés e das mãos;
- Febre constante;
- Surgimento de manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente no rosto, pescoço e peito;
- Vermelhidão na face, que piora no sol;
- Queda de cabelo;
- Feridas na boca que demoram a sarar e/ou surgem com frequência;
- Dor de cabeça;
- Dor no peito ao inspirar profundamente;
- Perda de peso repentina;
- Cansaço constante;
- Problemas nos rins;
- Convulsão (em casos mais graves).
O médico deve ser procurado assim que forem notados qualquer um desses sintomas. Com diagnóstico precoce e tratamento correto é possível que o portador tenha uma vida normal.
Para fazer o diagnóstico do lúpus, o médico fará uso de uma análise do quadro clínico do paciente. Isso é fundamental, porque os sintomas oscilam muito de uma pessoa para outra, podendo, inclusive, serem confundidos com outras doenças.
Além dessa avaliação, o médico solicita exames laboratoriais, que podem incluir biópsia de pele, hemograma, radiografia do tórax e exames específicos de sangue, urina e de anticorpos, para descartar outras hipóteses e melhor embasar o diagnóstico de lúpus.
Já o tratamento, é personalizado ao paciente. Vale salientar que somente o médico pode prescrever medicamentos e a automedicação é totalmente contraindicada em qualquer caso, principalmente em suspeita de doenças crônicas.
Na maioria dos casos, o foco é conter a ação inflamatória e ministrar corticóides para aliviar dores. Outra medida é conter a atividade do sistema imunológico do organismo, por meio de imunossupressores. Há casos em que são usados anticorpos monoclonais, que bloqueiam a ação de substâncias específicas que ocasionam inflamações no corpo.
Não há métodos conhecidos que evitam o surgimento de uma doença autoimune. Todavia, a literatura atribui três causas principais que podem estar relacionadas e aumentam o grupo de risco. São elas: histórico familiar, doenças e hábitos de vida.
Portanto, pessoas com casos de lúpus ou outras doenças autoimunes na família precisam ter mais cuidado e procurar o médico com mais frequência. Outras doenças podem desencadear uma reação extrema do sistema imunológico e, consequentemente, desencadear uma doença autoimune.
Por isso, a orientação é sempre procurar ajuda médica para tratar doenças da forma correta. Por último, hábitos de vida saudáveis ajudam a fortalecer o organismo e diminuir a probabilidade do surgimento de doenças e/ou gatilhos para o lúpus.