A prevenção é fundamental para detectar doenças em estágios iniciais, facilitando o tratamento e aumentando a probabilidade de cura e manutenção do bem-estar do indivíduo. Entretanto, a população masculina não mantém esse hábito. Visando mudar esse cenário, principalmente por conta do câncer de próstata, a campanha Novembro Azul ganha relevância. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), 68.220 novos casos de câncer de próstata surgem por ano. Desse grupo, estima-se uma taxa de mortalidade de 15.390 pacientes anualmente, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Média de 42 óbitos por dia devido a esse tipo de doença. Esses dados fazem do câncer de próstata o segundo tipo de câncer mais comum nos homens, atrás, apenas, do câncer de pele não melanoma. Em termos de mortalidade por câncer na população masculina, a próstata aparece em segundo lugar, perdendo somente para o câncer de tranqueia, brônquios e pulmões. Novembro Azul: espalhe essa informação O principal objetivo do Novembro Azul é conscientizar a sociedade, principalmente o público masculino, da importância de se prevenir do câncer de próstata, por meio da realização de exames preventivos e também da consulta periódica com urologista. A campanha é uma iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) inspirado no movimento Internacional Movember — junção das palavras em inglês moustache “bigode” e november “novembro” — que tem como foco combater o câncer de próstata. Fatores de risco do câncer de próstata: Idade: ter mais de 50 anos; Histórico familiar: pessoas com casos da doença na família, principalmente pais e/ou irmãos, precisam de mais cuidado. Nesse caso, a faixa etária de risco cai para 45 anos; Hábitos de vida: sedentarismo, obesidade, tabagismo e alcoolismo aumentam as chances de desenvolver a doença. Sintomas do câncer de próstata: Dificuldade ao urinar; Vontade de urinar frequentemente; Presença de sangue na urina e/ou no sêmen; Redução do jato de urina; Dor nos ossos. Diagnóstico do câncer de próstata No Brasil, 90% dos homens diagnosticados com câncer de próstata têm mais de 55 anos. Por isso, é importante que todos os homens que fazem parte do grupo de risco e/ou comecem a apresentar os sintomas da doença procurem um médico urologista. Para a identificação e diagnóstico do câncer de próstata, o médico fará dois exames. O primeiro é o toque retal, que avalia o tamanho, forma e textura da próstata. O outro é o exame de Antígeno Prostático Específico (PSA) que avalia os níveis de proteína no sangue, que pode ser um indicativo da doença. Caso o médico constate, por meio dos exames, que o paciente pode apresentar câncer de próstata, será solicitada uma biópsia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando o câncer de próstata é diagnosticado de forma precoce há 90% de chances de cura. Compartilhe esta informação e apoie o Novembro Azul!
O diabetes, ou diabetes mellitus, é uma doença crônica em que o portador sofre com a produção insuficiente ou absorção irregular do hormônio que regula a glicose no sangue, a insulina. Segundo o International Diabetes Federation (IDF), o Brasil é o quarto país com mais casos de diabetes do mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 13 milhões de brasileiros, cerca de 6,9% da população, convivem com essa doença. O diabetes possui mais de um tipo, uma em que o pâncreas para de produzir insulina e outra em que essa produção é reduzida. O que é insulina e porque ela é importante A insulina é um hormônio cuja função é controlar a entrada de glicose no sangue, sendo a glicose fundamental para a realização de atividades celulares. Portanto, a falta ou insuficiência desse hormônio faz com que o organismo tenha alta taxa de glicose na corrente sanguínea. Por conta disso, a pessoa com excesso de glicose pode vir a sofrer com danos nos rins, derrames, cegueira e, até mesmo, ter que amputar membros. Tipo 1 Conhecida também como diabetes juvenil, pois é mais comum em crianças e adolescentes, o diabetes tipo 1 é caracterizado quando o pâncreas deixa de produzir a insulina. Estima-se que 1 em cada 10 pacientes com diabetes seja portador do diabetes tipo 1. Tipo 2 O diabetes tipo 2, o mais comum, acontece quando a produção de insulina é reduzida ou quando a mesma perde eficiência. Além do histórico familiar, hábitos de vida e má alimentação são fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo da doença. Tratamento e cuidados necessários O diabético necessita de cuidados especiais para que a doença fique controlada e não desenvolva mais complicações. Pessoas com o diabetes tipo 1 precisam tomar doses diárias de insulina. Já quem possui o tipo 2 não precisa, necessariamente, dessa aplicação (desde que o médico indique). Entre os medicamentos usados, destaque para inibidores da alfaglicosidas, sulfonilureias, que estimulam a produção de insulina e glinidas. Como na maioria das vezes esse tipo de diabetes é acompanhada de outros problemas de saúde, é necessário uma mudança no estilo de vida. Prevenção do diabetes A maneira mais eficaz de se prevenir esta doença é por meio da adoção de um estilo de vida mais saudável. Isso inclui a alimentação, que deve ser balanceada e o mais natural possível, evitando alimentos industrializados e/ou ultraprocessados. O consumo de açúcar, gordura e sal deve ser reduzido. Além disso, deve-se reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco. Outra medida importante é praticar exercícios físicos regularmente, 30 minutos, pelo menos, todos os dias. Sobretudo, manter o peso controlado e consultar o médico regularmente para realização de exames preventivos. Fonte: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Diabetes.
A Trombocitopenia Imune Primária, também conhecida como Púrpura Trombocitopênica Idiopática, púrpura ou, simplesmente, PTI é uma doença hemorrágica, de origem autoimune que causa redução nas plaquetas do sangue. De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), cerca de 19 mil brasileiros são afetados por essa doença, sendo mais comum a incidência em crianças e mulheres (73% segundo a Abrale). Uma doença autoimune acontece quando o mecanismo de defesa do organismo, o sistema imunológico, exagera na função e/ou perde a capacidade de diferenciar agentes nocivos das células do próprio corpo. Sendo assim, passa a atacar o próprio organismo. Na PTI, o sistema imunológico produz anticorpos contra as próprias plaquetas (parte do sangue responsável pela coagulação). Devido a essa redução de plaquetas, o indivíduo que tem Trombocitopenia Imune Primária sofre com hemorragias. A maioria dos casos é facilmente controlada, mas a doença pode ser fatal. Fatores de risco O principal fator de risco para o desenvolvimento de PTI é ser do sexo feminino, já que a doença afeta de duas a três vezes mais as mulheres do que os homens. Crianças também podem desenvolver PTI, mas 80% dos casos de PTI infantil desaparece em até 6 meses. Sabe-se também que histórico familiar representa um fator de risco para PTI e que infecções virais podem desencadear o processo da doença autoimune. Isso porque o sistema imunológico, ao produzir anticorpos para combater os vírus, pode acabar transferindo essa “informação de combate” para as células do sangue. Sintomas de PTI: Petéquias (pequenas manchas causadas por hemorragia na pele); Hematomas que aparecem sem que a pessoa perceba; Manchas escuras na pele sem origem identificada; Sangramentos intensos e/ou frequentes que demoram para parar; Presença de sangue nas fezes e/ou urina. Diagnóstico O Diagnóstico de PTI, assim como o de qualquer outra patologia, só pode ser realizado por um médico. Caso a pessoa tenha algum dos sintomas, o médico deverá ser consultado. Além de algumas perguntas, o profissional solicitará exames para fazer o diagnóstico de PTI. O nível considerado normal de plaquetas de uma pessoa varia entre 150 mil a 400 mil/mm3. Pessoas com Trombocitopenia Imune Primária possuem um nível de plaquetas inferior a 100.000/mm³. Entretanto, existem casos de indivíduos com quantidades de 30 mil a 40 mil plaquetas sem, necessariamente, sofrer hemorragias ou ter TPI. Por isso a importância de realizar outros exames, para averiguar a situação. Pacientes com contagem de plaquetas muito abaixo de 20.000/mm³ requerem uma atenção especial. É importante destacar que a PTI pode ser aguda, mais branda e que desaparece com o tempo, e a crônica, mais intensa e duradoura. Tratamento Mesmo com o reduzido índice de plaquetas no sangue, se o paciente não sofrer hemorragias ou tiver sinais disso, nenhum tratamento pode ser necessário. Todavia, esse indivíduo fica em estado de espera vigilante, ou seja, de observação e acompanhamento. O tratamento de PTI é indicado quando existem situações de hemorragia grave ou se a pessoa precisar passar por alguma cirurgia, pois nesse caso é preciso uma quantidade mínima de plaquetas. As principais opções de tratamento para elevar o número de plaquetas são: Corticosteroides (que inibem a atividade do sistema imunológico por um determinado período de tempo); Imunoglobulina humana (usado em situações graves devido ao rápido tempo de resposta); Esplenectomia (retirada do baço, por meio de cirurgia, uma vez que este órgão é o maior responsável pela produção de anticorpos antiplaquetários. Recomendado em casos constantes de sangramentos); A melhor forma de se prevenir da Trombocitopenia Imune Primária (PTI) é manter um estilo de vida saudável, praticando exercícios físicos rotineiramente, se alimentando de forma adequada e evitando o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco. Dessa forma, o sistema imunológico se torna mais forte e apto a combater as doenças com mais eficácia. Fonte: Abrale
A chegada da primavera, tida como a estação mais alegre do ano, é sinônimo de cuidado redobrado para algumas pessoas. Esse é o caso, principalmente, de quem sofre de alergia. Entretanto, com alguns cuidados diários, é possível aproveitar ao máximo a época das flores. Por que alergias são comuns na primavera? A primavera é a época de fertilização das plantas, por isso há maior concentração de pólen no ar. Devido a esse pólen que se desprende das flores, e até mesmo das gramas, as pessoas mais alérgicas acabam sofrendo reações com maior frequência. Entretanto, o pólen não é o único causador das alergias na primavera. Nesta época do ano, é comum que o ar fique mais seco, criando um ambiente propício para proliferação de ácaros e fungos. Ou seja, as condições climáticas características da primavera criam um ambiente mais favorável aos agentes alérgenos. Por conta disso, estima-se que os casos de alergia subam 40% durante a primavera. Principais sintomas das alergias na primavera Por definição, a alergia é uma resposta inadequada e exagerada do sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo, contra uma substância que, normalmente, seria inofensiva. Nesta estação, as pessoas com doenças alérgicas e/ou familiares que possuem alergia precisam redobrar os cuidados com a saúde. Isso é fundamental para evitar o agravamento dos sintomas, como crises respiratórias, por exemplo. Sintomas de alergia na primavera: coriza espirro coceira no nariz tosse coceira falta de ar Como evitar alergias na primavera A prevenção contra os agentes causadores de crises alérgicas deve ser feita durante todo o ano. Entretanto, como demonstrado, o cuidado fica maior durante a primavera. As principais orientações para evitar alergias nesta época são: 1 – Evite exposição direta às flores e plantas, principalmente nos dias em que a umidade estiver mais baixa; 2 – Lave constantemente olhos e nariz, para impedir que alérgenos se instalem nas vias respiratórias e entrem no corpo; 3 – Mantenha a casa sempre limpa e bem arejada; 4 — Não deixe que o chão e os móveis acumulem poeira, limpando sempre com um pano levemente umedecido; 5 – Não deixe tapetes, carpetes e cortinas, se forem de tecidos sintéticos. Caso sejam de fibras naturais, faça a correta higienização; 6 – Higienize bichos de pelúcia e, de preferência, não deixe em contato direto com as pessoas alérgicas; 7 – Mantenha limpo e higienizado o colchão e os travesseiros; 8 – Aumente a ingestão de líquidos para evitar o ressecamento das vias respiratórias; 9 – Faça atividades físicas. Isso ajuda a melhorar o sistema imunológico; 10 – Consuma alimentos saudáveis, para fortalecer as defesas do organismo, e inclua alimentos que ajudam no combate aos sintomas das alergias. Por exemplo, pimentas vermelhas, que são expectorantes, mel e capim-limão. Aplicando esses cuidados, reduz-se a probabilidade de crises alérgicas. Entretanto, caso os sintomas de alergias na primavera se tornem muito intensos, o médico deve ser consultado. Nunca faça a automedicação, pois isso pode prejudicar ainda mais a saúde.