
A herpes zóster é uma inflamação infecciosa aguda ocasionada pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora. Em 95% dos casos, depois de ter catapora, a pessoa o carrega no corpo por muito tempo, armazenado no sistema nervoso, mais precisamente ao longo da medula espinhal.
Em caso de queda de imunidade ou à medida que a pessoa envelhece, o vírus pode ser reativado e, assim, o zóster se desenvolve. Dados apontam que dois terços dos casos ocorrem em pessoas com mais de 50 anos e que a taxa de mortalidade por complicações em adultos se eleva a partir dessa idade.
A doença é caracterizada por provocar bolhas na pele e dor intensa na extensão do nervo da medula espinhal até a pele, sendo que o último pode permanecer após a cura das lesões.
Cerca de 15 dias antes, porém, a pessoa pode começar a sentir mal-estar, dor localizada em um dos lados do corpo, coceira, ardência e perda de sensibilidade. No local da dor, formam-se bolhas, geralmente nas regiões do tórax, abdome e perto dos olhos, que duram de 7 a 10 dias. Passado esse tempo, elas se rompem, secam e transformam em crostas escurecidas. O quadro completo dura, em média, um mês.
Além de perturbar a rotina, incluindo sono, humor e trabalho, o herpes zóster pode deixar cicatrizes e provocar pneumonia, fraqueza muscular, paralisia motora e perda de audição. Na região dos olhos, é possível que afete permanentemente a visão.
No Brasil, não há estudos específicos sobre a quantidade de casos, mas registros do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) mostram que, a cada ano, são feitas uma média de 10 mil internações causadas pelo varicela-zóster.
A melhor forma de identificar o problema assim que possível. Ao apresentar os sintomas citados, é recomendável considerar a possibilidade de zóster e comentar a suspeita durante uma consulta médica. Se o diagnóstico for positivo, é necessário iniciar o tratamento o quanto antes para reduzir o risco de complicações.